sábado, 5 de dezembro de 2009

O enterro (segunda publicação)



Era madrugada de uma sexta feira 13, de junho de 1980, o frio caminhava pela cidade e o vento cantava uma opera solitária pelas cercas de madeira baixa e destruida pelos insetos que residiam em seu interior, Albert, acordou por volta das 3 horas, foi até o quarto de sua mãe e ela estava morta, ele esperou 3 dias para ter certeza.

Com certa dificuldade pegou o corpo machucado, espacando, sofrido de sua mãe, pouco convivera com aquela garota, que agora era uma senhora linda, mesmo com suas marcas de espancamento diário, seus cabelos longos escorreram pelo ombro de Albert, ela a levava como um heroi carrega a mocinha depois de sava-lá. Saindo do quarto passou pela sala, a janela aberta deixava aquele vento frio entrar e deixa a madrugada assustadora, a pouca iluminação das velas acessas no quarto de albert saiam pela porta e chegavam até a sala, antes de sai ele olhou pela janela para certificar-se que realmente não tinha ninguem ali naquela hora, abriu a porta da sala, saindo no quintal, a cova já fora aberta durante o dia, colocou o corpo de sua mãe cuidadosamente deitada, rezou para algum deus, ele não conhecia muito de religião, só o que seu pai lhe falara que era certo ou errado falar, se despidiu de sua mãe, jogou dentro de sua cova várias flores e roupas, e a ultima imagem que teve do rosto da sua mãe foi um sorriso, estranhamente aquele cadaver maltradado abriu um sorriso como se desejasse uma vida eterna a quem lhe enterrara, ao lado do seu rosto palido umaa rosa amarela.